AMABI - Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Independência

Ontem, após uma espera de cinco dias para poder ter acesso aos laudos e relatórios técnicos sobre o empreendimento da Ospa e do Edifício garagem, pudemos ter acesso a tais documentos, mas infelizmente apenas os relatórios estavam disponíveis para xerocar, o que na minha humilde opinião é um tanto suspeito uma vez que não sei se este é o procedimento tomado nestas ocasiões. Entretanto pude ler os laudos, e com auxílio de um folder da época da restauração e contrução dos prédios do shopping, chegar à conclusão de que os empreendedores do projeto do Shopping Total fizeram propaganda enganosa tanto para as pessoas que compraram o direito de expor mercadorias em suas lojas, bem como para os moradores do entorno do shopping e ainda mais para seus visitantes. No projeto inicial, podemos ver e concluir facilmente que seus estacionamentos deveriam ser arborizados o que não foi seguido, além do mais deveriam haver praças destinadas às crianças na área do shopping, outra coisa que não foi cumprida. Outra pauta do projeto que parece que não está sendo seguida à risca é a preservação dos prédios históricos, uma vez que toda a área do shopping(antiga fábrica da brahma) foi tombada pelo patrimônio histórico. Mas deixando estes fatos lateralmente, estou muito preocupado é com outros fatos relacionados com o novo empreendimento do shopping, este sim pode causar sérios danos não só às estruturas de prédios vizinhos(alguns dos quais estão muito próximos à área na qual serão utilizados os explosivos) bem como danos à nossa tão amada e querida Rua Gonçalo de Carvalho, que segundo o relátorio de tráfego não suportaria a meu ver um aumento estrondoso no fluxo de veículos, além do mais esta área é hoje habitada por muito pássaros que ali em suas árvores encontram abrigo e alimento para sobreviverem; estas árvores cuja idade já é bem avançada também serão prejudicadas devido à pavimentação com asfalto da rua que hoje é apenas calçada com pedras, e esta pavimentação dificultará às plantas que encontrem água para sua sobrevivência uma vez que as águas que provêm das chuvas escoarão pelos bueiros e não chegarão até elas, e além do mais a respiração de suas raízes será prejudicada, e isto acarretará com que elas procurem seus recursos na superfície fazendo com que suas raízes se desloquem e promovam um levantamento das calçadas dificultando o trânsito de pedestres. Será que é isso que queremos para nossa cidade? Já temos tão poucas áreas arborizadas e ainda estão querendo destruí-las? Acho que não somos tão ingênuos de pensar que eles não querem prejudicar nada, em troca de seus interesses mesquinhos e aproveitadores. Fazer uso da mídia em benefício próprio como fez o Sr. Renato Ribeiro, e ainda difamar pessoas de bem, que não querem nada mais que a cidade seja preservada e que não sejam desviados recursos públicos para os bolsos de grandes magnatas que só pensam em seu próprio benefício, e o pior ainda não dar direito de resposta àqueles que se sentiram lesados pelo referido fato que foi divulgado em um programa de sensível audiência em nossa cidade e que até então tinha certa credibilidade. Meus(minhas) senhores(as) o que quero lhes passar é um outro ponto de vista da complicada situação que estamos vivendo em nossa cidade, de um lado temos interesses econômicos(de pessoas mesquinhas que acham que somos um grupo de riquinhos que não gosta de música, posição esta tomada em programa de TV vinculado nesta cidade), e de outro temos o de pessoas que querem o melhor para seu bairro, sua cidade e principalmente suas famílias. Não somos riquinhos como estão querendo nos pintar, somos sim pessoas de classe média conscientes de seus direitos e principalmente de seus deveres para com a cidade que vivem. Somos responsáveis por nossa cidade e pelo seu bem-estar, naõ podemos assim de uma hora para outra subjugar nossa natureza em prol de interesses de um grupo(este sim de riquinhos que não gostam da natureza) que apenas pensa em angariar mais e mais dinheiro não importando às de quê, quem e como. Se você conincidir com minha opinião por favor compareça à consulta popular que será no dia 20 de dezembro no salão da igreja batista, na rua Cristóvão Colombo.